A FÊNIX-REI VOA RUMO AO DESCONHECIDO: TEMPO, AUTENTICIDADE E (AUTO) BIOGRAFIA NO LP “ROBERTO CARLOS – 1969”
Edmilson Alves Maia Júnior
Edmilson Alves Maia Júnior é professor no Departamento de História – FECLESC/UECE em Quixadá-CE. Doutor em História (UFMG) e autor da tese: “O Show da Memória: Um estudo de narrativas (auto) biográficas sobre o “rei” Roberto Carlos (1991-2015)”.
Era criança, anos de 1980, quando conheci o nono LP de Roberto Carlos, lançado em dezembro de 1969. Um dos dois discos favoritos do “rei” para meu pai, que ouvia suas canções repetidamente: As Flores do Jardim da Nossa Casa / Aceito seu Coração / Nada Vai me Convencer / Do Outro Lado da Cidade / Quero Ter Você Perto de Mim / Diamante Cor-de-Rosa / Não Vou Ficar / As Curvas da Estrada de Santos / Sua Estupidez / Oh, Meu Imenso Amor / Não Adianta / Nada Tenho a Perder.
Adulto, descobri facetas do LP através de duas leituras impressionantes: o livro de Pedro Alexandre Sanches, “Como dois e dois são cinco – Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa)”, de 2004, e a biografia, proibida judicialmente em 2007, publicada por Paulo Cesar de Araújo em 2006, “Roberto Carlos em detalhes”. Sanches discute a melancolia do disco, associando-a ao pós AI-5 e à canção As Flores do Jardim da Nossa Casa, decisiva em sua interpretação. Composta pelo cantor quando o filho recém-nascido enfrentava problemas de visão, a música também carregaria tristeza coletiva, presente em todo LP. Com Araújo, percebi aspectos das motivações da canção e de como o artista iniciou uma fala pessoal e autobiográfica de tramas de sua vida.
Ambos autores comentam o “Rei da Juventude” em descrédito após deixar o programa Jovem Guarda em janeiro de 1968, peregrinando por outros malsucedidos na Record. Roberto Carlos Enfrentava acusações que vinham desde a explosão de sucesso em 1965, quando das metáforas de desejo juvenil através do fogo em É Proibido Fumar e, principalmente, Quero que vá tudo pro inferno. Críticas que, a partir de 1968, buscavam enterrar Roberto Carlos, a quem definiam como ídolo fabricado, sem substância para permanecer.
Tais julgamentos, contudo, viam-no como um fenômeno televisivo. Mas o cantor comunicava-se especialmente com canções e seu sucesso deve ser explicado em grande medida pelos impactos de suas músicas (ARAUJO, 2006:489). Ao investigarmos tais desdobramentos em fontes entre o “iê-iê-iê” e sua fase romântica, definimos o LP de 1969 e algumas de suas recepções em um “projeto de autenticidade”. Autenticidade: “uma experiência moral mais tenaz do que sinceridade, uma concepção mais exigente do eu e daquilo em que consiste ser verdadeiro para com ele, uma referência mais ampla ao universo e ao lugar que nele o homem ocupa” (TRILLING, 2014:21).
Roberto Carlos “via-se à beirada do penhasco” e “se atirou, às cegas, ao desconhecido”. (SANCHES, 2004:77). Fênix-Rei em pleno voo contra os vereditos de que seu destino seria o fracasso.
``Roberto Carlos - 1969``: Ponte entre tempos
Analisamos o disco e textos no estudo de significações das temporalidades como narrativas que deram sentidos ao tempo (RICOEUR, 2010) e entre campos de experiências e horizontes de expectativas (KOSELLECK, 2006). Interpretamos essas temporalizações sobre si e o universo ao redor, visualizando que o autobiográfico e o biográfico entrelaçaram-se na reelaboração da imagem do artista no meio de sua “crise”.
O LP foi importante na defesa de sua “verdade interior”. As estratégias do astro e de sua equipe iniciam-se pela capa e contracapa do “disco da praia”. Muito mais do que a “captação de um instante”, propuseram ações no tempo, poses e leituras sobre o cantor. Fotografias em uma dramatização do real, (MARTINS, 2019:43). Observemos:
Duas cenas ensaiadas como despojadas e bucólicas. A capa, com o compositor maduro, uma mão na areia e cachimbo na outra. A contracapa, como um Roberto hippie, personagem da contracultura, um tipo de Jim Morrison tupiniquim. O título: “Roberto Carlos” nomearia durante décadas seus LPs: “nome próprio” e imagens suas nas capas após 1969.
Bem diferente do primeiro LP com o nome Louco Por Você (1961), cuja capa não foi sua imagem, na contracapa, Carlos Imperial mentindo ao escrever que o artista era um cantor carioca, negando sua origem. Motivos, especulamos, para parte do desencanto do artista com esse disco e que ajudam a explicar sua não reedição desde a década de 1960. Já outros discos anteriores a 1969, tiveram sua foto na capa, mas títulos que não o seu “nome próprio” como a marca principal. Exploravam a onda rock e o peso do artista: Roberto Carlos Splish Splash (1963), É Proibido Fumar (1964), Roberto Carlos canta para Juventude (1965), Jovem Guarda (1965), Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1967), Roberto Carlos, O Inimitável (1968). Assim, o que foi exceção em 1966, com o LP intitulado Roberto Carlos, passou a ser a regra a partir de 1969: álbuns “assinados” com o nome do artista somente, e sempre a capa com imagens suas.
Sobre as cenas e temas dessa “nova fase”, o astro respondia: “Gosto de me vestir e me sentir como os verdadeiros hippies. Gosto imensamente da filosofia deles, pelo amor e totalmente pacíficos. Sou contra o falso hippie porque essa é uma filosofia e um estado de espírito e não uma moda”. E: “A minha mudança foi gradativa e o público entendeu todas as minhas mudanças porque cresceu junto comigo” já que “o público gosta de um artista como pessoa e sabe que ela tem de viver, lutar, amar e sofrer” (VEJA, n 66, 10/12/1969).
``Projeto de autenticidade``
Sugerimos o “projeto de autenticidade” mobilizando uma crença, músicas ouvidas como expressão de autenticidade, atreladas a suas declarações, shows, aparições. Filtros para percebê-lo num registro autobiográfico, disposto sempre a falar a verdade, sua verdade, assinando suas narrativas com seu “nome próprio” (LEJEUNE, 2008:43-65). Trata-se do “pacto autobiográfico”, como um dos mecanismos mais poderosos desse “projeto”, a partir também da canção falando do sofrimento na batalha para a cura do filho. Música presente em “celebrações biográficas” (RUDIGER, 2008) da mídia impressa e televisiva. Se “o Brasil a cantou” como “queixa amorosa” (ARAUJO, 2006:437), também foi amplamente divulgada tratando do drama familiar.
Como na série de 13 capítulos: “Memórias de Roberto Carlos: As curvas da estrada da minha vida”, que afirmou: “impotente ante a doença do filho, sem poder intervir em nada, só pôde fazer-lhe uma música: e nasceu As flores do jardim de nossa casa, sua dor, a única coisa que poderia oferecer a Segundinho naquele momento”. Entrevista e LP em uma trama de tristezas e alegrias elaborada pela celebração biográfica do artista autêntico:
Tristezas e alegrias se confundindo, grandes sucessos e dolorosos dramas íntimos se alternando. Destes últimos, o que mais lhe pesou foi a doença do Segundinho, já doente ao nascer, o filho esperado. Durante todo o ano de 1969, Roberto passou a maior parte de seu tempo nas salas de espera dos hospitais esperando resultados de operações. Segundinho nasceu em dezembro de 1968. Como uma espécie de sonho das vacas gordas seguido das vacas magras, em fevereiro daquele ano Roberto chegava ao ponto mais alto de sua carreira como cantor: o Festival de San Remo (AMIGA, nº 22, 20/10/1970).
Na narrativa, ao fim, uma fala bem significativa desse “projeto de autenticidade” de Roberto Carlos: “Sabe, bicho. A gente não consegue mais mentir. Antes, se mentia com grande facilidade. Hoje, nem fazendo força, consigo mentir” (AMIGA, nº 22, 20/10/1970).
Interpretamos, então, enredos gerenciadores do que seria oportuno ser dito sobre ele, cantando ou dizendo sobre “seu estado de espírito”. A Jovem Guarda fora importante, jamais seria esquecida, ao contrário até, mas era página virada da sua vida. Sua pessoa surgia como um dos focos principais de suas narrativas, alguém que diria a sua verdade.
O disco de 1969, portanto, concebeu uma trilha de exposição cada vez maior na batalha por sua autenticidade. LP criativo com influências diversas nessa fase “rock-soul” (ARAUJO, 2006:408). De grande experimentação em uma encruzilhada temporal. O “projeto de autenticidade” em metamorfose (VELHO, 1999) num campo de possibilidades e não como maquiavélico, calculista, ou linear. O disco de 1969, o LP de 1968 e os de 1970 e 1971 foram (ou são?) inquietos, flertavam com seu passado profundo, traumas, criavam o futuro em seu presente, abriam rumos para definir-se legítimo diante dos desafios.
Veículos impressos (e na televisão como “Quem tem Medo da verdade?”, em 1970) questionavam o LP, “Quanto Tempo dura Roberto Carlos?”, e os temas do autobiográfico, autenticidade e amadurecimento interagiam nas palavras do artista: o romantismo ganhando mais camadas em usos do tempo:
– Os temas são de amor, mas tem também um pouquinho de fossa. As músicas são sempre adultas, cada vez mais. Tem uma valsinha da década de 30, com orquestração e som de voz de acordo com a época. É bem na base da Casa Edson, mas foi feita por mim e pelo Erasmo Carlos muito a sério. Das doze músicas do LP – onze são inéditas – minha favorita é o tema do filme Diamante cor-de-rosa (Fatos e Fotos, 462, 11/12/1969).
No disco há variações do romantismo. Como em Do Outro Lado da Cidade, de Helena dos Santos, uma compositora trazendo ecos da Jovem Guarda ressignificados. Ou o falsete, simulando um antigo cantor da “era do rádio”, na música Oh, Meu Imenso Amor, que foi feita “muito a sério”. Também não seria uma saudável brincadeira com a “tradição” no controle da mudança, em ser narrador de tempos?
Sobre a música associada a Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa: a canção, o disco e a película trazem essa face ambígua do artista. De um lado, a trilha possuía canções encorpadas, a faixa citada era instrumental, a última do lado A do vinil, o cantor tocando gaita, deixando com melodia melancólica uma sensação de saudade e perdas. Por outro lado, o filme, sua trama de aventura e a imagem em geral do ídolo permanecia vinculada a Jovem Guarda em 1970. Apenas em meados da década consolidou-se essa ruptura. A partir de 1974, passadas as dúvidas quanto ao seu futuro no pós-Jovem Guarda, seria o “Rei”.
``Compositores medíocres`` e o amor-contestação
Nesse sentido, muitos não foram seduzidos pelo pacto e escolhas do LP de 1969, abandonaram o “Rei da Juventude”. O disco, inclusive, teve queda de vendagem, comparado aos anteriores. Outros nem viram presença do soul, do tom mais maduro, das novas camadas do romantismo, criticavam-no por “não acrescentar muito”, mudar pouco:
Senhor absoluto do maior público do Brasil – mais de 500 000 pessoas compram seus LPs – Roberto Carlos tem ampla liberdade em suas gravações. Sua posição musical no mercado brasileiro é comparável à dos Beatles em todo o mundo. Mas, ao contrário dos ingleses, criativos e inovadores, Roberto prefere um repertorio conservador e estagnado (feito por compositores medíocres), mudando apenas o andamento: musica rápida, interpretação agressiva, lenta, sussurros e voz emocionada. A maior novidade do LP acaba sendo uma valsinha gravada com som antigo, mas sem dispensar a guitarra. Letras primárias e repetidas diminuem as mensagens românticas do cantor e compositor: extraindo-se seu magnetismo pessoal e boa interpretação, Roberto acrescenta pouco à música brasileira (VEJA, n 66, 10/12/1969).
Aqui, Tarik de Souza não valoriza as escolhas do artista, mas coloca-se em contradição na forma em que cita a presença das “letras primárias”, por exemplo. Não explora os possíveis desdobramentos dessas composições dos “medíocres”, nem das outras canções, no que chamou de “mudando apenas o andamento”, “interpretação agressiva” e ao indicar um “magnetismo pessoal e boa interpretação”. Pensamos justamente que ele poderia ter aprofundado a análise da (re)construção da imagem no disco com a participação inclusive das melodias talvez associadas a Jovem Guarda, mas que encaixadas no LP, com seus motes “agressivos”, compunham tapete sonoro bem diferenciado do “iê-iê-iê”. O crítico não quis compreender a mudança de forma contraditória; a busca de uma autenticidade.
Sobre os chamados “compositores medíocres”: além de Helena dos Santos, havia o rock-soul agressivo de Nada vai me convencer, de Paulo Barros, as duas baladas Quero ter você perto de mim, de Neneo, e Aceito Seu Coração, de Puruca, melodias tristes, narrando o amor finalmente encontrado. As composições: Não adianta de Edson Ribeiro e Não tenho tempo a perder de Getúlio Cortes, de rupturas amorosas e que “fechavam” o LP. Essas, além das feitas com Erasmo Carlos, algumas com “um pouquinho de fossa”, mas todas, segundo o artista, eram “cada vez mais adultas”.
Tárik de Souza não precisava “endossar” o LP, suas premissas, óbvio, mas chegou a intuir certa complexidade e negou-se a discuti-la, defendo. Em busca de possíveis motivações dessa negação na entrevista, feita pelo crítico e Maria H. Dutra: “Ainda se considera o Rei da juventude?” e “Mas nas suas músicas você nunca contestou nada. Por quê?”.
Nas respostas: “Eu aceitei esse título com muita simpatia, nas não tenho ideia formada sobre isso e nem me preocupo com o assunto”. Depois: “A melhor forma de protestar é falar de amor. Quando falo de amor estou contestando todas as coisas que não prestam” (VEJA, n 66, 10/12/1969).
Canções como As Curvas da Estrada de Santos, Não Vou Ficar, Nada vai Me Convencer, Sua Estupidez apontam o “projeto de autenticidade” e a hora de mudar articulando-se à força da “black music” que chegava ao país, em canções maduras de amor, no elemento confessional. Roberto Carlos virava um senhor jovem, um jovem senhor que tinha o que dizer para quem queria escutá-lo: dúvidas sobre si, dores do passado, armadilhas do destino no presente, um futuro em aberto.
Tudo em roupagem musical inventiva. A “cozinha”, baixo e bateria, pulsante, com vibrantes metais, interpretação zangada, vocalizando a aflição, tendo argutos arranjos de cordas no disco, ou coros melódicos, em diálogo com essa batida na tessitura de uma tristeza expressiva. Características juntas, quase todas, na faixa inicial do LP, ressaltamos.
As piores desconfianças duraram até a ideia do fracasso pós-Jovem Guarda sumir em 1974. Continuaram indagações sobre a adesão à “música romântica” e suas gravações não terem “protestos”. Roberto Carlos respondia “cantar o amor”, apenas a sua verdade…
``Roberto Carlos - 1969`` e além...
O disco, com sua emblemática primeira música, suas “canções maduras”, baladas ou souls, pautou diversas “celebrações biográficas”, em temáticas e na expansão musical do artista, como o marcante show “A 200 Km por hora” de 1970 (ARAUJO, 2006:238).
O “projeto de autenticidade”, reunindo “pacto autobiográfico” e “celebrações biográficas”, avançou no “um milhão de discos vendidos” do LP de 1972, seu disco mais autobiográfico (e o outro predileto de meu pai!). Avançou nas incontáveis revistas e jornais sobre “uma vida de superações”. Em shows como o Além da Velocidade de 1973, nos Especiais da Rede Globo, a partir de 1974, obra e biografia disseminando-se ainda mais, nesse potente reforço simbólico do pacto autobiográfico/rito biográfico.
E, sobretudo, avançou nas suas canções de (re)construção de autoimagem. Às vezes nem compostas por ele, caso de “Meu Pequeno Cachoeiro” (1970) de Raul Sampaio, ou “O Moço Velho” (1973) de Silvio Cesar, mas que estavam em LPs com seu “nome próprio”, sua voz, sua face. Ou as da sua lavra, com Erasmo Carlos ou não, apesar de todas serem assinadas pelos dois num acordo que possuíam: Traumas (1971), O divã (1972), A Estação (1974), Minha Tia (1976), Amigo, Jovens Tardes de Domingo (1977), Lady Laura (1978), Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo (1979) ou Emoções (1981) entre outras canções que enlaçaram o “pacto autobiográfico” e as “celebrações biográficas”.
Não à toa Diamante Cor de Rosa, As Flores do Jardim da Nossa Casa e Não vou ficar, foram selecionadas no canal oficial no Youtube em “Descobrindo Roberto Carlos: 1969”. A primeira, tema do filme, a segunda conta a dor paterna. Na última, fala-se do autor, Tim Maia, que a define como “ponte para a fase soul” de Roberto Carlos. Nas memórias, músicas inseridas em vivências do tempo, balizando releituras ou repetições. O LP num entrelaçamento de temporalidades.
Algo perceptível nas recepções do filme Tim Maia (2014), a música no “círculo hermenêutico” (RICOEUR, 2010) da relação conturbada dos dois ídolos cada vez mais citada em possíveis conflitos e interações. Ou em sites sobre o falecimento de Dudu Braga em setembro de 2021. O “Segundinho”, curado após as cirurgias de 1969, até perder a visão nos anos de 1990. Em notícias de sua partida que tanto entristece a canção de seu pai para ele, aludida como narrando mais um dos dramas da vida do “Rei”.
Referências
ARAÚJO, Paulo César. Roberto Carlos em Detalhes. Rio de Janeiro: Editora Planeta, 2006.
As Memórias de Roberto Carlos. As Curvas da Estrada da Minha Vida. In: Revista Amiga, números 12 a 23, 11/08 a 27/10, Rio de Janeiro: Editora Bloch, 1970.
GOMES, Ângela de Castro & SCHMIDT. Benito Bisso. (Orgs.) Memórias e Narrativas (Auto)biográficas. Rio de Janeiro: FGV, 2009.
LEJEUNE, Philippe. O Pacto Autobiográfico. De Rousseau a Internet. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado. São Paulo: Contraponto, 2006.
MANGA, Carlos. (Dir.) Quem tem medo da verdade? TV Record, 1970.
MARTINS, José. Sociologia da fotografia e da imagem. São Paulo: Contexto, 2019.
Os desafios de uma vida provisória. In: Veja, número 66, 10/12/1969. São Paulo: Abril, 1969.
Quanto Tempo dura Roberto Carlos? In: Fatos e Fotos, 462, 11/12/1969. Rio de Janeiro: Editora Bloch, 1969.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Volume 01. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
RUDIGER, Francisco. Roberto Carlos, Xuxa e os Baroes da Midia. Estudos sobre fama, sucesso e celebridade no Brasil. Porto Alegre: Gattopardo, 2008.
SANCHES, Pedro Alexandre. Como Dois e Dois São Cinco. São Paulo: Boitempo, 2004.
SOUZA, Tarik de. Discos. Roberto Carlos LP In: Veja, n. 66, 10/12/1969. São Paulo: Abril, 1969.
TRILLING, Lionel. Sinceridade & Autenticidade. A Vida em Sociedade e a Afirmação do Eu. São Paulo: E-realizaçoes, 2014.
VELHO, Gilberto. Projeto e metamorfose. Antropologia das Sociedades Complexas. 2ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.
Como citar este texto
MAIA JÚNIOR, Edmilson Alves. A fênix-rei voa rumo ao desconhecido: Tempo, autenticidade e (auto)biografia no LP “Roberto Carlos – 1969”. A música de: História pública da música do Brasil, v. 4, n. 1, 2022. Disponível em: https://amusicade.com/roberto-carlos-1969-roberto-carlos/. Acesso em: 8th novembro 2024.