CLAUDYA
Há uma realidade à qual nenhuma opinião escapa: Claudya é uma das maiores cantoras que o Brasil já viu. Dona de timbre único, técnica perfeita e afinação impecável, aflorou no cenário da música popular brasileira em meados dos anos 1960, participando do programa O Fino da Bossa, na TV Record. Envolvida em uma das mais populares controvérsias musicais da década, desde então cultivou uma carreira de gravações e apresentações intervaladas, mas sempre caracterizadas por buscas pessoais genuínas e por sua marca vocal indelével. Em entrevista memorável a A música de, Claudya recopila seus feitos e ratifica sua grande vitalidade artística.
Conheça também o livro Claudya: O que não me canso de lembrar, um lançamento do projeto A música de.
Escute Claudya
As três sugestões imperdíveis de “A música de”
- Jesus Cristo: canção de Roberto e Erasmo Carlos, uma das mais conhecidas na voz de Claudya, lançada em seu terceiro álbum. Ouça no Spotify.
- O meu Corolla: faixa-título do disco homônimo de Claudya, lançada inicialmente como jingle. Ouça no Spotify.
- Naquela estação: obra de Caetano Veloso, João Donato e Ronaldo Bastos famosa na voz de Adriana Calcanhotto, revisitada por Claudya no CD Senhor do tempo: As canções raras de Caetano Veloso. Ouça no Spotify.
A ARTISTA EM UMA IMAGEM
Fotografia é história
"A MÚSICA DE" ENTREVISTA CLAUDYA
PARTE 1/3
Na primeira parte de sua entrevista, Claudya fala sobre suas influências musicais, citando Dalva de Oliveira e Ângela Maria como inspirações. Relata que, nascida no Rio de Janeiro e criada em Juiz de Fora, deu seus primeiros passos artísticos nessa cidade mineira, recebendo a influência do pai (que tentava tocar violão) e da mãe (que era muito afinada). Lembra que, em Juiz de Fora, cantou nas rádios e na universidade, até migrar para São Paulo, aos 17 anos, e estrear no programa O Fino da Bossa. Claudya fala sobre os programas de que participou, sobre as controvérsias da época e sobre sua ida para a TV Excelsior.
PARTE 2/3
Na segunda parte de sua entrevista, Claudya fala sobre o lançamento do seu primeiro LP pela RGE, em 1967, e sobre a importância dos festivais na sua carreira, com destaque para o Festival Internacional da Canção (FIC) de 1969, no qual defendeu Razão de Paz, de Alézio de Barros e Eduardo Lages. A cantora lembra também suas participações em festivais internacionais e as premiações. Também ouvimos sobre uma temporada do Japão, durante a qual gravou o disco O Meu Corolla, e sobre o contrato com a gravadora Odeon. Claudya finaliza a segunda parte da entrevista falando sobre o disco Reza, Tambor e Raça, gravado em 1977 pela RCA Victor.
PARTE 3/3
Na terceira e última parte da entrevista, Claudya fala sobre as dificuldades enfrentadas para gravar suas próprias composições. Conta sobre seu processo de composição e suas participações em peças teatrais, como no aclamado espetáculo Evita. Ao lembrar da década de 1980, rememora as gravações em selos menores e as dificuldades da carreira. Destaca a importância da televisão na vida dos artistas e de trabalhos mais recentes abordando a obra de compositores como Taiguara e Caetano Veloso. Destaca sua redescoberta por jovens ao ter uma canção sampleada por Marcelo D2. Conta sobre a carreira musical da filha Graziela Medori, novos trabalhos e responde à questão de A música de: como gostaria de ser lembrada na história da música brasileira?