JANE DUBOC
Jane Duboc caminha com a música desde tenra idade, muito por conta da influência de seus avôs – maestro e violinista clássico. Também, por conta da casa dos pais, sempre aberta para uma boa festa ao som de samba e jazz. Mesmo com o sonho de ser psiquiatra, viu a música ganhar terreno e profissão, principalmente após sua volta ao Brasil, depois de anos vivendo nos Estados Unidos. Ao lado de grandes nomes da música e por intermédio da televisão, mostrou um repertório eclético por vários espaços nos quais passou, como nas gravadoras Som da Gente, Continental, BMG e Movieplay. Fundou a Jam Music, em 2000, gravando diversos artistas, como Ângelo Rô Rô, Beth Carvalho e Alaíde Costa. Múltipla e intensa, Jane Duboc traz algumas de suas lembranças para a entrevista para o A Música De.
Escute Jane Duboc
As três sugestões imperdíveis de “A música de”
- Chama da Paixão, canção de Cido Bianchi e Thomas Roth, que abre seu álbum homônimo gravado pela Continental, em 1987.
- Meu Homem, composição autoral de seu álbum Languidez, de 1980 pela Aycha.
- Eu no Sol, em parceria com Oswaldo Montenegro e faixa de seu álbum homônimo de 1979, lançado pela Som da Gente.
O ARTISTA EM UMA IMAGEM
Fotografia é história
"A MÚSICA DE" ENTREVISTA JANE DUBOC
PARTE 1/4
As influências musicais e os primeiros arranjos nesse mundo são alguns dos temas da primeira parte da entrevista de Jane Duboc para A Música De. Nascida em Belém do Pará em uma casa musical, com as influências de seus avôs maestro e violinista clássico, além das festas em que seus pais abriam as portas para receber amigos e cantar jazz e samba. A artista passa pelos seus primeiros anos de estudos musicais no Brasil, com aulas de violão com Américo de Holanda (pai de Hamilton de Holanda) e no Conservatório Carlos Gomes. Também relembra a ida para os Estados Unidos, o casamento com Jay Anthony Vaquer, e como conciliava os estudos na Universidade da Geórgia com seus jogos de vôlei e apresentações com grupo de jazz. A Guerra do Vietnã forçou sua volta ao Brasil junto ao marido, onde conseguiu iniciar profissionalmente na música. A apresentação junto a Raul Seixas no Festival Internacional da Canção abriu as portas para a gravação de seu primeiro disco. A partir dele, começa a trabalhar com Egberto Gismonti, fazendo turnês ao redor do Brasil com diversos shows.
PARTE 2/4
Na segunda parte da entrevista, Jane Duboc relembra sua entrada no Coral da Globo, na década de 1970, ao lado de Cybelle (Quarteto em Cy). Na emissora, trabalhou ao lado de Chico Anysio no programa Chico City, gravando as vinhetas e seu LP, Linguinha, de 1971. Também recorda sobre seu primeiro disco solo, Languidez, pela Aycha, gravado em 1980, além dos festivais dessa década, que permitiram a artista mostrar seu trabalho. O papel da televisão em sua carreira também é relembrado, como as 13 músicas que estiveram em novelas da Globo e as participações em programas de auditório, como Chacrinha, Silvio Santos, Gugu e Xuxa. Durante este período, grava uma série de músicas para crianças, como no LP Arca de Nóe, além de vocalizar outros tantos. Outro ponto lembrado de sua trajetória foi o trabalho na Zurama Jingles, ao lado de Regininha, Márcio Lott e Zé Luiz Mazziotti. Por fim, destaca seu disco lançado em 1982, com seu nome, pela Som da Gente, e Ponto de Partida, gravado em 1985 pela Antena Discos.
PARTE 3/4
As gravadoras nas quais Jane Duboc passou são tema dessa terceira parte de sua entrevista para A Música de. Alcançou grande reconhecimento com seus discos na Continental, em 1987 e 1988, com arranjos de Lincoln Olivetti. Em 1991, lança Além do Prazer pela BMG-Ariola, com canção presente na novela Salvador da Pátria, da TV Globo. Nas suas viagens, relembra a ida ao Japão que resultou na gravação de From Brazil to Japan, pela Movieplay em 1996, além do disco com Zezé Gonzaga de 1998, gravado pela Pau Brasil. Neste trânsito, a artista recorda da Jam Music, gravadora fundada por ela na qual lançou uma série de artistas que admirava e gostaria de ver registro de seus trabalhos, como Itiberê, Oswaldo Montenegro, Ângela Ro Ro, Beth Carvalho, Alaíde Costa, Bukassa Kabengele, As Frenéticas e tantos outros nomes da música brasileira.
PARTE 4/4
A última parte da entrevista é reservada para seu presente e futuro. A artista lembra sobre o crescimento de seu filho, Jay Vaquer, com a música. Assim como ela, sua infância foi permeada por canções, que culminaram em sua carreira artística, gravando dois discos pela Jam Music no início dos anos 2000. Também relembra seu disco “Duetos”, lançado de forma independente em 2018, que conta com vários artistas dividindo os vocais. Jane Duboc destaca como um disco que celebra a amizade com vários músicos brasileiros, como Oswaldo Montenegro, Toquinho e Bianca Gismonti. A artista destaca que gostaria de ser lembrada na história da música brasileira por seu trânsito intenso entre diversos segmentos musicais, sem preconceitos ou julgamentos prévios. Também fala sobre como a música do país continua bonita e cada vez mais democrática. Por fim, fala um pouco sobre seus projetos futuros, como aqueles voltados ao público infantil.