THÉO DE BARROS
Teófilo Augusto de Barros Neto (Rio de Janeiro, 10 de março de 1943)
O Brasil, afirma-se, é um país de cantoras. Mais recentemente, voltou a ser um país de cantores também. No entanto, a maior parte deles dá voz a criações de outros agentes: os compositores. A música de convida a um mergulho na trajetória artística de um dos principais compositores brasileiros, autor de algumas das canções mais significativas da era dos festivais e da música brasileira moderna: Théo de Barros. A trajetória do artista, suas parcerias e visões sobre a música são o assunto de uma preciosa revisitação do autor de Disparada à sua história musical.
Escute Théo de Barros
As três sugestões imperdíveis de “A música de”
- Disparada: Parceria com Geraldo Vandré originalmente interpretada por Jair Rodrigues, empatou em primeiro lugar com A Banda no Festival da Record de 1966. Ouça no Spotify.
- Menino das laranjas: Lançada em 1997, é uma gravação instrumental ao violão da canção que se tornou um grande sucesso na voz de Elis Regina. Ouça no Spotify.
- Tatanagüê: Dá nome ao disco de Théo de Barros lançado em 2017. É uma parceria com Paulo César Pinheiro interpretada por Renato Braz. Ouça no Spotify.
O ARTISTA EM UMA IMAGEM
Fotografia é história
"A MÚSICA DE" ENTREVISTA MARTINHA
PARTE 1/2
Na primeira parte de sua entrevista, Théo de Barros fala sobre suas influências musicais. Conta sobre sua família e sua casa, que era muito musical, bem como a mudança do Rio de Janeiro para São Paulo, aos onze anos de idade. Ressalta o início da carreira como músico e descreve ter tocado em quase todas as boates em São Paulo, por cerca de dez anos. Théo de Barros fala ainda sobre o início da atividade de compositor, até a gravação de sua primeira música, na voz de Alaíde Costa, e os sucessos gravados por Elis Regina. Théo fala sobre as reuniões de Bossa Nova em São Paulo, as parcerias musicais (como aquela com Paulo César Pinheiro), a criação do Quarteto Novo e vitória de Disparada no Festival da Record.
PARTE 2/2
Na segunda parte de sua entrevista, Théo de Barros lembra como recebeu a notícia da vitória de Disparada e de como foi o processo de composição da canção, em parceria com Geraldo Vandré. Continua falando sobre a importância da canção em sua carreira. Fala sobre suas outras participações em festivais, como o Festival Internacional da Canção de 1968, e expõe sua visão sobre a Tropicália, a censura e a ditadura civil-militar, lembrando uma peça de teatro que tinha ele tinha musicado e que foi censurada. Théo de Barros ainda fala sobre as peças para as quais fez música, as trilhas para o cinema, o trabalho com jingles e publicidade. Analisa seus longos hiatos sem gravar discos autorais. Finaliza falando sobre o disco Tatanagüê e sobre demais projetos para o futuro.