DORINA
Dorina nasceu em Irajá, no subúrbio carioca, e desde jovem esteve envolvida com o samba. Durante sua juventude conviveu com grandes nomes da música, como Zeca Pagodinho. Sua extensa carreira é marcada pela produção independente de seus CDs e DVDs, contando com o apoio de sua família e amigos. Durante muitos anos foi radialista, comandando programas na Rádio Nacional. Além disso, Dorina contribui na concepção e organização de eventos que ajudam a fomentar o meio musical, como o Encontro Nacional de Mulheres na Roda de Samba e o 1º Festival de Partideiros. Em sua entrevista para A música de: História pública da música do Brasil, a artista conta sobre sua trajetória na música e outros projetos pessoais, como o lançamento de seu livro Contornos em 2020.
Escute Dorina
As três sugestões imperdíveis de “A música de”
- Eu Canto Samba: composição de Paulinho da Viola, é a faixa que dá nome ao primeiro disco da cantora.
- Imperial: samba de Aldir Blanc em parceria com Wilson das Neves, foi gravado por Dorina no disco em que homenageia Aldir Blanc.
- A Padroeira: esta música (composição de Rachado e Vaguinho) foi gravada para o disco Samba de Fé e teve participação especial de Beth Carvalho.
A ARTISTA EM UMA IMAGEM
Fotografia é história
"A MÚSICA DE" ENTREVISTA DORINA
PARTE 1/2
Nesta primeira parte de sua entrevista, Dorina ressalta sua infância e os principais artistas que ouvia na infância, como Dona Ivone Lara, Roberto Ribeiro, Elizeth Cardoso, Clara Nunes e Beth Carvalho. Ela narra sua trajetória na música explicando como conseguiu gravar o seu primeiro disco, “Eu Canto Samba”, com o qual ganhou o Prêmio Sharp de “Melhor Cantora Revelação de Samba”. Almir Guineto, uma referência para a sua geração, foi homenageado pela cantora no CD “Sambas de Almir”, responsável por sua indicação ao Prêmio Tim de Música Brasileira. Dorina conta brevemente como conseguiu “viver de música”, uma grande conquista em sua carreira artística. Além disso, ela também versou sobre alguns projetos que tiveram sua colaboração como Os Suburbanistas e o Mulheres de Zeca. Encerrando esta primeira parte de sua entrevista, a cantora conta um pouco sobre o processo de produção de seus CDs e DVDs.
PARTE 2/2
Na última parte de sua entrevista, Dorina explica como foram seus trabalhos como radialista, principalmente na Rádio Nacional. Em seguida, ela comentou sobre as dificuldades para realizar shows fora do Rio de Janeiro, sendo que uma de suas viagens foi para a China e o Japão. Em seu depoimento, a cantora elucida sobre um assunto que considera muito importante: a dinâmica do trabalho coletivo dentro do samba. Dentre esses trabalhos, ela enaltece sua independência dentro do meio musical. Ao mencionar o Encontro Nacional de Mulheres na Roda de Samba, Dorina relaciona a trajetória da mulher no samba com sua atual situação, não apenas como cantora, mas também em outros segmentos como, por exemplo, as instrumentistas. Outros momentos que marcaram sua carreira foram suas participações em programas de televisão, como a oportunidade de cantar em uma novela. Dorina conta como foi o processo de escrita de seu primeiro livro, Contornos, no qual retrata algumas mulheres ao longo de 20 contos. Encerrando sua entrevista, a artista faz críticas ao mercado fonográfico e afirma que gostaria de ser lembrada como “uma pessoa que lutou e não se vendeu”.