CARLINHOS VERGUEIRO
Carlinhos Vergueiro, como é popularmente conhecido, é o nome artístico de Carlos de Campos Vergueiro, cantor, compositor e produtor musical. Paulistano, nascido em 27 de março de 1952, seu caminho artístico foi trilhado entre Rio de Janeiro e São Paulo. Amante do samba e do futebol, começou a participar da boemia das noites paulistanas ainda bem jovem, e foi nessas andanças que se encontrou na vida artística fazendo amizades e parcerias com grandes nomes da música popular brasileira. Nesta entrevista concedida ao A Música de, o artista compartilha alguns momentos de sua trajetória.
Escute Carlinhos Vergueiro
As três sugestões imperdíveis de “A música de”
- Noturno Paulistano, é uma das faixas do álbum Contra Corrente, de 1978, lançado pela Som Livre. Composta por Carlinhos Vergueiro e J. Petrolino.
- Samba Menor, de autoria de João Nogueira, Carlinhos Vergueiro e Novelli, foi cantada pelo artista em 1981, no Programa do Fantástico. Lançada no disco Passagem, da gravadora Ariola.
- Tô aí, de autoria de Carlinhos Vergueiro, Arthur Tirone e Bruno Ribeiro dos Santos, é faixa que da título ao disco lançado pela gravadora Biscoito Fino.
O ARTISTA EM UMA IMAGEM
Fotografia é história
"A MÚSICA DE" ENTREVISTA CARLINHOS VERGUEIRO
PARTE 1/4
Na primeira parte da entrevista, Carlinhos Vergueiro compartilha que o avô foi um grande professor de piano clássico e ensinou ele e o irmão mais velho a tocarem o instrumento ainda na infância, e que a influência para sua formação musical começou em casa, onde se ouvia muita música. Já na adolescência, acompanhava o irmão que tocava piano em bares na noite paulistana. Um dos bares que frequentava era o Jogral, no qual apresentavam-se nomes como Luiz Carlos Paraná, Jorge Ben Jor, Toquinho, Adalto Santos e Geraldo Cunha. Apesar de ter trabalhado em bancos e na bolsa de valores na cidade de São Paulo, e iniciado um curso de graduação em publicidade e propaganda, o qual não foi concluído, foi para a música que o artista se dedicou profissionalmente desde a década de setenta, compondo músicas e gravando seus primeiros discos. Um momento marcante foi quando, em 1975, foi vencedor do Festival Abertura com a interpretação da música “Como um ladrão”, acontecimento importante para os rumos que sua vida iria tomar a partir de então.
PARTE 2/4
Na segunda parte, fala sobre seus discos gravados na década setenta e início dos anos oitenta, e comenta sobre como foi, aos poucos, construindo as parcerias musicais com artistas como João Nogueira, Vinícius de Moraes e Toquinho, com alguns deles também jogava futebol. Nessa parte o autor também comenta sobre a mudança para a cidade do Rio de Janeiro, em 1982.
PARTE 3/4
Um dos pontos de destaque da terceira parte da entrevista, é quando o artista conta sobre a produção de um disco independente que tinha o futebol como temática. “Contra-ataque – samba e futebol”, gravado no final dos anos noventa, foi uma produção independente que foi custeada com a venda de um carro, e ganhou repercussão pelo fato de Carlinhos Vergueiro participar de diferentes programas esportivos em que comentava sobre o disco. Como o disco foi lançado em um momento em que os CD’s passaram a ser mais consumidos do que os LP´s, ele conta que teve um pouco de dificuldade com a venda, e que a maioria dos exemplares foram comercializados em shows. Nessa terceira parte, o artista ainda fala sobre os seus discos mais recentes.
PARTE 4/4
Na quarta e última parte, o cantor lembra que levava as duas filhas em alguns de seus trabalhos e que nessas caminhadas, ambas viram muitas composições serem criadas. Dora, a filha mais velha, também se enveredou para o campo musical, e gravou alguns discos que são por ele comentados. Nessa parte, o artista também fala sobre a amizade próxima com Chico Buarque de Holanda e a família, amigos também de futebol e parcerias musicais. A entrevista termina com Carlos Vergueiro afirmando que apesar de considerar válido todo estilo musical, é no samba e no choro que ele verdadeiramente se encontra enquanto músico, e por isso, enfatiza que gostaria de ser lembrado como alguém que acredita no samba e na MPB.