O SUBVERTER DO AMOR PERANTE O MAL MODERNO
Rafael Mello da Luz
Rafael Mello da Luz é formado em História pela Universidade Estadual do CENTRO-OESTE (UNICENTRO), Pós Graduado em História, Cultura e Literatura Afro-brasileira e indígena, Mestrando no PPGDR/UTFPR na linha de Estéticas, arte e (re)existências onde pesquisa a temática do rap nacional, professor concursado de história no estado do Paraná. Idealizador da Biblioteca Comunitária Conceição Evaristo, Palestrante e membro do coletivo Identidade Preta, membro do núcleo de estudo afro-brasileiros e indígena (NEABI) do IFPR/CVV e UTFPR/PB, articulista na revista venezuelana Petroglifos.
Leandro Roque de Oliveira, que atende pelo nome artístico de Emicida, é um rapper paulista que viveu boa parte de sua vida na Zona Sul da cidade de São Paulo, nunca tendo fixado moradia. Por isso, recebeu o apelido de cigano, como ele mesmo retrata em sua entrevista no podcast Mano a Mano (2022). Segundo o artista, isso muda quando consegue alcançar certo patamar de sucesso e passa a viver no Jardim Esperança.
A complexidade da história do rapper pode soar comum aos ouvidos de quem conhece a dura realidade das ruas no Brasil, principalmente para uma família negra que, no caso de Leandro, foi comandada por Dona Jacira, mãe do cantor, que o criou, assim como o seu irmão Evandro Oliveira, popularmente conhecido como o vulgo Fioti, e suas duas irmãs. Esta é uma mãe que criou os filhos sozinha, com pouca ajuda do pai, que faleceu ainda na primeira infância de Emicida, vítima de um incidente durante uma briga de bar.
Em um breve resumo da história da carreira artística de Emicida (que de antemão aviso: não se limitou apenas à música), podemos começar pelo surgimento do nome. A mistura da sigla M.C., Mestre de cerimônia, e do sufixo latino “cida” que provém da palavra homicida, formaram o nome Emicida. Leandro adentrou na cultura hip-hop através das batalhas de rima, nas quais se destacou significativamente, ficando conhecido por “matar os adversários” (de onde surge o “cida”), dada a violência das suas rimas. Vale ressaltar que, por seu talento, chegou ao posto de campeão nacional da Liga dos Mc’s de 2006, maior honraria até então para um Mc de batalhas.
Em 2008, o artista já vinha alcançando amplo reconhecimento, especialmente pelos vídeos postados no YouTube (na época, uma plataforma relativamente nova) por terceiros. Naquele momento, Emicida lançou o single Triunfo, porém, cabe aqui lembrar que no ano de 2005 já havia lançado Contraditório e Vagabundo, álbum produzido de forma totalmente independente e com o auxílio de amigos.
Já em 2009, com o sucesso do single do ano anterior, vem a primeira mixtape intitulada Pra quem já mordeu um cachorro por comida, até que eu cheguei longe. Composto por 25 faixas, o disco, cuja capa foi feita à mão, vendeu 300 mil cópias em um momento no qual o boca-a-boca era o seu principal meio de divulgação.
LABORATÓRIO FANTASMA
Em 2010, Emicida inicia uma nova empreitada como empresário e abre a Laboratório Fantasma, ou Lab Fantasma, como é conhecida. Com o projeto inicial de ser uma gravadora independente, lança sua segunda mixtape com o nome Emicidio, desta vez com 18 faixas e participações de nomes importantes como Kamau e seu próprio irmão, Fioti.
Na sequência de ano, Emicida estava fechando o primeiro ciclo de sua carreira quando, em 2011, lançou o seu segundo EP chamado Doozicabraba e a Revolução Silenciosa, nascido de uma situação bastante inusitada entre o rapper e os produtores K-Salaam e Beatnick. Emicida falou sobre o episódio na entrevista para o canal do Le Monde Diplomatique Brasil (2018) no YouTube, demonstrando mais uma vez que a complexidade da sua história vem de todos os cantos, inclusive de fora do país. Nesse caso, como havia reaproveitado as bases de uma canção de 1995, da dupla nova-iorquina, Emicida teve receio de um processo por direitos autorais, mas a aproximação entre os três acabou viabilizando o disco colaborativo.
Um disco transitório na carreira artística de Emicida é o álbum O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui, um trabalho cheio de participações especiais, como Tulipa Ruiz, Pitty, Wilson das Neves e MC Guimê. A participação de Guimê no disco se deu em razão de outro desentendimento que virou parceria, como Emicida relata em sua entrevista ao podcast PodPah, de Igão e Mitico (2021). O Glorioso possui rimas contestadoras com melodias de samba, elaboradas em forma de uma poesia que mescla a rua e a academia, um disco que propõe novas formas musicais em sua arte.
O ano de 2015 inaugura outra fase com o disco Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa. O álbum foi inspirado em uma viagem ao continente africano, que possibilitou que Emicida trouxesse um novo tom para suas músicas. Além de introduzir o ukulelê à rima, nomes de peso como Vanessa da Mata e Caetano Veloso trabalharam nesse projeto, que também contou com uma superfaixa de oito minutos com a participação de Mandume.
Um rápido passeio na trajetória do rapper nos faz chegar ao álbum sobre o qual esta resenha se dedica, lançado em 2019, em uma época pré-pandemia, em que ninguém imaginava os horrores que iriam assolar o Brasil e o mundo. Emicida lançou um disco que pode ser entendido como um neo-samba, carregado de mensagens que vão desde a crítica mais dura ao racismo, até a mais pura forma de amor e de felicidade genuína. Arte, África e família são pontos cruciais da carreira do músico. No entanto, acredito que você, leitor/a, poderá compreender melhor os diversos pontos da carreira do artista através das canções que serão mobilizadas e analisadas a seguir. Por isso, te convido a ouvir as faixas indicadas em cada subtítulo deste trabalho, para que possa dimensionar a mensagem e a importância do disco AmarElo.
“E TUDO, TUDO, TUDO, TUDO, QUE NOIZ TEM É NOIZ”
Em uma época não tão distante, rap e música religiosa foram fortes aliados. Um desses momentos ocorreu quando Racionais MC’S cantaram Capítulo 4 Versículo 3, em 1998, na MTV, levando o pregador Luo ao palco para dar início à apresentação, figura esta que fez muito sucesso na música gospel. Ali, ficou claro o tom religioso daquele tipo de apresentação do grupo. Quando Emicida, na faixa que abre AmarElo, intitulada Principia, convida como participante o pastor Henrique Vieira, pregador e também deputado federal pelo PSOL, parece resgatar um pouco dessa proposta presente no rap nacional: a relação entre o rap e os elementos religiosos.
Essa interface atravessa a história do rap no Brasil. Entre os maiores sucessos do gênero estão músicas que mobilizam elementos da umbanda, quimbanda, bem como expressões do segmento evangélico. No entanto, nos exemplos acima, duas coisas se complementam: a mensagem do pregador Luo é, acima de tudo, uma convocação para a população negra através do discurso cristão. Já o pastor Henrique Vieira apresenta uma mensagem de esperança que convoca, antes de tudo, ao amor.
Amor e sonho, estas são as palavras-chave de AmarElo, segundo o próprio Emicida: “Por que é que a Angela Davis e o Ailton Krenak falam de novo sobre acreditar? Sobre sonho? Porque a gente tá num momento muito perigoso (Milkshake chamado Wanda, 2019).
Mas por que acreditar? 2019 foi um ano de algumas confirmações para o Brasil. Digo confirmações porque naquele ano começamos um retrocesso em diversas questões sociais e humanas. O ano marcou o início do mandato do então presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) que, além de outras pautas graves, naturalizou e até defendeu a prática do racismo como algo comum no dia a dia das pessoas negras. É nesse momento que o disco AmarElo surge como uma expressão sonora de força e esperança. As 11 faixas podem ser lidas e ouvidas como um cinema. A primeira, Principia, fala de um personagem que está sonhando, divagando na busca por um mundo um tanto quanto utópico, no qual a igualdade seria uma realidade concreta:
Deus, por que a vida é tão amarga?/ Na terra que é casa da cana-de-açúcar/ E essa sobrecarga fruto gueto/ Embarga e assusta ser suspeito/ Recarga que pus aqui, igual Jesus/ No caminho da luz, todo mundo é preto, ame, pois (Emicida, 2019).
Ao ir de encontro com a luz, tudo que vemos e observamos é a nossa sombra, e a sombra produz apenas a cor preta e, nessa lógica, o rapper quer dizer que somos todos iguais, nos convocando ao amor. O lançamento do documentário Emicida: AmarElo – É tudo pra ontem (2020), produção da Netflix, contou com uma faixa exclusiva feita em parceria com Gilberto Gil. Nele, vemos o cantor Mateu Aleluia falando:
De manhã, logo cedo, olha só que coisa bonita, e quebrando paradigmas. Nós éramos acordados pelo sino da Igreja Católica, que reprimia o candomblé. Aquilo era bonito, mostrando que, pronto, nós nascemos para viver incluído, e não viver desassociados. A natureza tem suas leis, o homem é que tem moral. E o homem, com sua moral, vai afastando o homem do próprio homem, né. (AmarElo – É tudo pra ontem, 2020).
“LEVE O DOCUMENTO”
Esse também é o tom presente na segunda e terceira faixas do disco. Em A Ordem Natural das Coisa, Emicida retrata o despertar com um som etéreo que relembra o abrir de olhos em uma manhã de um dia qualquer, expressando a contemplação do cenário já tão conhecido de sua morada, com o barulho de uma sociedade em movimento. E canta: “Anunciado no latir dos cães, no cantar dos galos/ Na calma das mães, que quer o rebento cem por cento/ E diz “leva o documento, Sam” (AmarElo, 2019).
Neste trabalho, o rapper não deixa de fazer as suas incontestáveis denúncias ao racismo sofrido pela população negra no Brasil. Porém, desta vez ele procura um caminho mais sereno e quase em forma de provocação, principalmente quando busca entender as formas como uma mãe negra busca proteger seus filhos e filhas (também negros e negras) da violência. Por isso, o ato de pedir que leve o documento. Essa é uma passagem que exprime a crueldade da experiência negra nas periferias brasileiras, ambientes assombrados pela violência policial.
Já na próxima faixa, Pequenas Alegrias da Vida Adulta, Emicida procura expressar esperança e alegria nos detalhes. Em diversos momentos dessa experiência sonora, o personagem se diversifica entre criança, jovem, adultos e idoso: “É um sábado de paz onde se dorme mais/ O gol da virada quase que nóis rebaixa/ Emendar um feriado nesses litorais/ Encontrar uma tupperware que a tampa ainda encaixa (ó Glória)”.
Do masculino ao feminino, da criança ao idoso, da alegria da conquista ao alívio de se safar de uma tristeza iminente. Pequenas alegrias da vida adulta é uma celebração do viver e do estar vivo. Em um país que tem na sua história o genocídio negro desde a escravização, ser uma pessoa preta e estar viva é para além de tudo um ato de revolução e em meio a este ato, se faz necessário relembrar as pequenas coisas que tornam a existência mais leve e feliz.
“SÓ MORRE QUEM NÃO PRESTA, MEU FILHO!”
As duas canções que serão analisadas a seguir falam do dia a dia, das labutas, alegrias e tristezas. Com o subtítulo acima, Emicida lembra o tão aclamado e finado sambista Wilson das Neves, com o qual realizou diversas colaborações musicais, seja em estúdio, seja em shows. Em um mundo no qual a violência é a senhora mandante do dia a dia, frases como essa podem, de forma perigosa, ser associadas à desqualificação de uma pessoa, tal qual a expressão utilizada pela extrema-direita no Brasil: “bandido bom é bandido morto”. Mas, por vezes, é necessário buscar o significado para além da própria música. Por isso, proponho pensarmos em um verso específico da canção Quem Tem Um Amigo Tem tudo: “Como em catequeses, logo perguntei/ Pra Oxalá e pra Nossa Senhora/ Em que altura você mora agora, um dia ali visitarei”. A celebração de uma amizade é algo tão puro que beira a ideia do amor romântico e, talvez, até o ultrapasse. Se antes o disco abordou a celebração da vida nas pequenas coisas, nesta canção, a ênfase recai sobre aqueles que se foram de forma física.
Mas não somente. Perguntar, como em catequeses, sobre o sentido de uma sabedoria religiosa que apenas um ancestral poderia lhe entregar; recorrer a Oxalá, o pai de todos os orixás e a Nossa Senhora, padroeira do Brasil e mãe de Jesus, mobiliza a discussão do sincretismo religioso no país, uma diversidade que aparece sem distinção ou preconceitos na canção. Por fim, Emicida evoca o contato com quem já se foi através da memória, do amor e do carinho que transbordam e que mantêm vivos aqueles/as que já desencarnaram. É assim que a frase de Wilson das Neves: “Só morre quem não presta”, vem a entregar o seu real sentido.
O samba é um dos gêneros musicais de maior importância para a identidade brasileira, como o próprio Emicida menciona: “O samba é o Brasil que deu certo e não há vitória possível para esse país distante do samba” (AmarElo – É tudo pra ontem, 2019). Corroborando sua fala, assistimos, em seguida, à participação de Zeca Pagodinho em uma colaboração (póstuma) com a melodia de Wilson das Neves. Emicida convida toda uma legião de fãs a fruir uma das vozes mais icônicas do samba brasileiro, em uma das incontáveis homenagens à música brasileira que o rapper faz no disco.
A canção Paisagem traz uma mistura de sensações mobilizando autocríticas. Em nossa sociedade, vigiada e punida constantemente pelo capitalismo, em que as pessoas são submetidas a horas intermináveis de trabalho, refletir se torna uma ação que, por vezes, surge despretensiosamente nos momentos menos favoráveis ou em que menos se espera, no horário de almoço, no intervalo de 10 minutos, ao escovar os dentes ou na fila do mercado. Enfim, em algum momento do dia é possível que a gente se perceba pensando no que tudo isso significa ou na direção para a qual caminha a sociedade. Nesse caso, convido você, leitor/a, a analisar a seguinte estrofe de Paisagem: “Cheira pólvora, frio de mármore/ Vê que agora há quantas árvores/ Condecora nossos raptores/ Nos arredores tudo já pertence aos roedores”.
Com certa mágoa, tristeza e também rancor, Emicida provavelmente se refere aos grandes centros urbanos, onde, não raro, pessoas em situação de vulnerabilidade, sobretudo pretas e faveladas, são apenas corpos sem valor. Daí as indagações na canção, em tom de insatisfação: “Como se vive em meio a isso? Quando em volta você encontra apenas os seus raptores” (podendo ser interpretada como a PM). Já na frase “quando tudo está entregue aos roedores”, podemos ver uma alusão ao descaso governamental pela falta de assistência social e tantos outros problemas cotidianos vislumbrados a “olhos nus”.
“PERMITA QUE EU FALE, NÃO AS MINHAS CICATRIZES”
Canções que representam o completo oposto do que parecem, participação da renomada atriz Fernanda Montenegro, Pabllo Vittar, Majur, Jé Santiago, Papillon, Dona Odete, Drik Barbosa, as franco-cubanas gêmeas do Ibeyi. A parte final desse disco vem como um terremoto cujo epicentro é o coração e a alma da população negra. Sem perder o tom de autocrítica e com uma pitada de provocação, ao trazer perguntas que não têm resposta certa, mas que convidam a refletir.
A sensação que se tem ao ouvir 9vinha pela primeira vez é modificada ao ouvi-la pela segunda ou terceira, quando começamos a nos aproximar dos sentidos transmitidos por Emicida. Ocorre quase como se saíssemos para uma viagem aos céus, onde se contempla o que parece ser uma história de descobrimento do amor, e que acaba tornando-se o duro retrato da realidade da qual não se pode fugir e para a qual estávamos virando o rosto. O título é um jogo de palavras que faz contraste com o nome de uma pistola 9mm. Emicida narra a trajetória de um garoto com a sua arma que vai do ato de segurá-la e de se sentir dono do mundo, ao medo após manuseá-la e sentir novamente o peso desse mundo.
Já as canções Ismália e Eminencia Parada parecem um grito de socorro, aquele último grito que se dá com todo o fôlego e por meio do qual se espera por um milagre, por uma mão estendida. Esta é a própria ancestralidade negra: “Isso é Deus falando através dos manos/ Sou eu mirando e matando a Klu/ Só quem driblou a morte pela Norte saca/ Que nunca foi sorte, sempre foi Exu”. Exu é o orixá que abre os caminhos, que, dentro das religiões afro-brasileiras, pode tudo transformar. Quando o rapper afirma que “nunca foi sorte”, lembra o caminho traçado bem antes da sua existência, sob a proteção dos orixás e também dos ancestrais. Mais uma vez, podemos perceber a forte presença de elementos religiosos no álbum.
Emicida escolhe fechar seu disco com duas canções que convocam a todos os afligidos pelo racismo e preconceitos a se levantarem (lembra da mão estendida que citei antes?). Emicida os convida a revidar. Esse ato é tanto físico quanto emocional e, não à toa, conta com a participação das cantoras Majur e Pabllo Vittar: “Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes”.
Enxuga essas lágrimas, certo? (É você memo)/ Respira fundo/ E volta a correr (vai)/ Cê vai sair dessa prisão (aham)/ Cê vai atrás desse diploma/ Com a fúria da beleza do Sol, entendeu? (É isso)/ Faz isso por nós/ Faz essa por nós (vai)/ Te vejo no pódio”.
Fazer a nossa alegria ser maior do que a nossa dor é necessário. Também é necessário que possamos (enquanto população negra) sermos vistos para além das cicatrizes do racismo e da herança escravizadora que nos assombra. Somos mais, somos tudo e é com esse bom humor que, em entrevista ao programa podcast Wanda, Emicida relata em uma conversa com seu camarada angolano chamado Chapa, a importância de lembrar que o continente africano tem mais de 20.000 anos de história e que resumir a mesma aos 400 anos de escravidão após o contato com a população branca significa resumir essa história ao sofrimento.
Pensar a população negra por meio da consciência e da liberdade. É isso que propõe a música que fecha o disco, intitulada Libre. Ela soa como um grito de guerra, misturando português, inglês e espanhol em versos diretos com mensagens impactantes, o artista cita Nelson Mandela, por exemplo, e seu papel na luta pela liberdade negra. Na canção, a favela é o centro e o personagem mais importante da história, ou seja, ela também precisa se reconhecer dentro desse processo. Por isso, encerro esta resenha como o disco se encerra, parafraseando Ibeyi: “Se o gueto acordar, o resto que se foda”.
Referências
AMARELO – É tudo pra ontem. Direção de Fred Ouro Preto. Produção de Evandro Fióti. São Paulo: Netflix, 2022. (89 min.), son., color. Legendado. Disponível em: https://www.netflix.com. Acesso em: 05 fev. 2025.
EMICIDA. AmarElo. São Paulo: Laboratório Fantasma, Sony Music: 2019. Disponível em: https://open.spotify.com/intl-pt/album/5cUY5chmS86cdonhoFdn8h?si=sRSDK_s1Q4yrKZlj1bX_rg. Acesso em: 05 fev. 2025
LE MONDE DIPLOMATIQUE BRASIL. Emicida: livre, emocional e selvagem. You Tube, 16 de mai. 2018. Disponível em: https://youtu.be/Wk2TE2Yvjlk?si=jQZkTRmsc0YmQj4u. Acesso em: 05 fev. 2025
MANO A MANO. Entrevistado: Emicida, Entrevistadores: Mano Brown e Semayat Oliveira. Spotify, 25 mar. 2022. Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/episode/6afoNgIhLRQDMV8ioK5h53?si=N2U3EgCgQ5Ow7laMjXVaww. Acesso em: 05 fev. 2025
PODPAH #171. Entrevistado: Emicida. Entrevistadores: Igão e Mitico. You Tube, 15 de jul. 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/live/Q9qxREvAKz8?si=VKEIt2VKOWowWVbq acesso em: 05 de fev. 2025
UM MILKSHAKE CHAMADO WANDA: Falando de amor e resistência com Emicida #266. Entrevistado: Emicida, Entrevistadores: Phelipe Cruz, Marina Santana Helena e Samir Duarte. Spotify, 07 nov. 2019. Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/episode/51pP5FYcVfpLQSJHB16lTw?si=RQoDzoliQqW08d2OseJW6Q. Acesso em: 05 fev. 2025
Como citar este texto
LUZ, Rafael Mello da. O subverter do amor perante o mal moderno. A música de: História pública da música do Brasil, v. 7, n. 1, 2025. Disponível em:https://amusicade.com/amarelo-2019-emicida/ . Acesso em: 04 jun 2025.