VÂNIA BASTOS
Vânia Bastos ouviu um chamado do palco ainda criança, suficiente para vencer a timidez e se tornar uma grande voz na música brasileira. Natural de Ourinhos, interior de São Paulo, foi encantada pelas vozes do rádio dos pais e dos discos do irmão. Encantou plateias desde cedo, com apresentações na sua cidade natal. Mudou-se para São Paulo, onde seu caminho cruzou com Arrigo Barnabé, Suzana Salles, Neuza Pinheiro, Itamar Assumpção e a Vanguarda Paulista, e desabrochou seu canto junto a banda Sabor de Veneno. A cantora, que perdeu a timidez nos palcos, abre algumas memórias nesta entrevista para “A Música De”.
Escute Vânia Bastos
As três sugestões imperdíveis de “A música de”
- Mensagem, parceria com Eduardo Gudim em disco lançado pela 1986 pela Eldorado.
- Ave Rara, canção de Edu Lobo e Aldir Blanc, presente em seu disco “Diversos Não Eletrônicas”, de 1997 pela Velas.
- Canta, canta mais, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, presente em seu disco homônimo lançado em 1994 pela Velas.
O ARTISTA EM UMA IMAGEM
Fotografia é história

"A MÚSICA DE" ENTREVISTA VÂNIA BASTOS
PARTE 1/4
A primeira parte da entrevista de Vânia Bastos ao “A Música De” nos traz suas influências musicais e primeiros passos na música. Sua vida em Ourinhos se dividia entre diversos momentos musicais, como no rádio da casa sempre ligado nas notícias e nas vozes cantadas, ou quando se esgueirava no quarto do irmão para ouvir os discos que ele comprava. Por lá, conheceu Rita Pavone e Wanderléa, suas primeiras grandes influências musicais. A primeira, também era ouvida no LP de uma prima; a segunda, embalando sua apresentação na formatura do quarto ano do Ensino Fundamental. Mesmo com muita timidez, a artista conseguiu encontrar no palco seu espaço, vencendo como melhor intérprete um festival em Ourinhos, com apenas 12 anos de idade. De lá, partiu para a capital paulista, iniciou o curso de Ciências Sociais na USP e aprofundou seu conhecimento musical no Coral da ECA. Por fim, relembra o Festival da TV Cultura em 1978, junto a Arrigo Barnabé, Neuza Pinheiro e Itamar Assumpção.
PARTE 2/4
Vânia Bastos recorda da decisão de abandonar o curso de Ciências Sociais na USP e seu início de carreira com a Banda Sabor de Veneno nesta segunda parte da entrevista. Apesar de gostar das discussões intelectuais das salas de aula, preferiu dividir os palcos com outros intelectuais, como Arrigo Barnabé, Suzana Salles e a Sabor de Veneno. Com eles, gravam Clara Crocodilo, em 1980, em que Vânia ouve sua voz em um LP pela primeira vez. A artista marca a grande influência e importância que Arrigo teve em sua carreira, lembrando dos shows no Rio de Janeiro, em 1983, onde assumiu uma verve teatral em conjunto a música. Com dicas de Patrícia Figueiredo, encantou grandes nomes da música brasileira, sendo seu desabrochar próprio. Também recorda das participações em shows com Itamar Assumpção, e em gravações das bandas Magazine e Joelho de Porco – levada pelo colega de jingles, Zé Rodrix. Para finalizar, destaca a importância da Vanguarda Paulista e da influência de Ná Ozetti e Tetê Espindola em sua carreira.
PARTE 3/4
A terceira parte da entrevista de Vânia Bastos percorre as gravações de seus discos, entre o final da década de 1980 e início dos anos 2000. A artista relembra como se sentiu com seu primeiro disco solo homônimo, lançado em 1986 pela Copacabana. Destaca a importância de Eduardo Gudin na sua trajetória neste período, parceiro de trabalho em seu segundo disco, “Eduardo Gudin e Vânia Bastos”, gravado pela Eldorado em 1989. A entrada nos anos 1990 é recordada por meio de seu segundo disco solo, também homônimo, também pela Eldorado. O disco foi responsável por colocar a música de Vânia Bastos em trilhas sonoras de novelas, grande impulsionador de popularidade. A artista também pontua suas gravações em homenagens a grandes artistas brasileiros, como “Cantando Caetano”, pela Sony Music em 1992; “Vânia Bastos canta Clube da Esquina” em 2002, pela Abril Music; “Vânia Bastos & Cordas Canções de Tom Jobim”, pela Velas, em 1995. Por fim, relembra a gravação de Belas Feras, pela Play Arte Music em 1999, com canções de Adriana Calcanhoto, Joyce e Marina Lima e outras.
PARTE 4/4
A parte final da entrevista de Vânia Bastos percorre seus mais recentes anos na música, assim como seu olhar para a família. Traz a gravação de seu disco e DVD “Tocar na Banda”, pela Dabilú Discos, em que conseguiu gravar canções inéditas em sua voz, como “Chegou a Bonitona”, de Geraldo Pereira. A artista recorda seu momento de ficar mais perto de seus filhos, Rita e Noel, que também trilharam o caminho no mundo musical. Nesse caminho, encontrou Ronaldo Rayol, por quem se apaixonou – na vida e na música. Junto a ele, gravou “Na Boca do Lobo” em 2010, pela Lua Música, um projeto em homenagem à Edu Lobo. Relembra da parceria com Marcos Paiva para a gravação de “Concerto para Pixinguinha”, de 2016 pela Atração Musical, e da responsabilidade em dar voz a interpretações de Elizeth Cardoso. Também destaca alguns aspectos de sua vida de cantora atualmente, com shows com Fábio Caramuru, Arrigo Barnabé, Ronaldo Rayol, além da apresentação de “Clara Crocodilo: 40 anos depois”. Por fim, Vânia Bastos discorre sobre como vê o mercado da música de hoje, os novos artistas nacionais, e de como gostaria de ser lembrada na história da música brasileira.