CLÁUDIA SAVAGET
Petropolitana, nascida em 1 de julho de 1948, Cláudia Savaget dedicou uma parte de sua vida à música, tendo lançado discos, cantado com grandes nomes como Cartola e Grande Otelo e participado de importantes projetos durante a década de 1970, como sua participação no projeto Pixinguinha. Formada em história, mas com uma paixão pela música, nesta entrevista, ela compartilha com o A música de um pouco de sua trajetória, sua infância, as influências musicais, a mudança para a cidade do Rio de Janeiro, além dos seus primeiros passos no mundo das artes e detalhes das gravações dos seus discos.
Escute Cláudia Savaget
As três sugestões imperdíveis de “A música de”
- Samambaias e uma composição de Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho. Além de ser a faixa que da nome ao disco de 1978, lançado pela Tapecar.
- Monarco é o compositor da canção Desse Amor Só Resta Mágoa que é uma das faixas do disco Mordida ou Beijo(1979)
- Nunca Mais é a música que abre o CD Caminhando (2004), uma parceria de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho
A ARTISTA EM UMA IMAGEM
Fotografia é história
"A MÚSICA DE" ENTREVISTA CLÁUDIA SAVAGET
PARTE 1/3
Cláudia Savaget inicia a primeira parte da entrevista falando sobre a infância em Petrópolis (RJ), onde morou até por volta dos 17 anos, quando se mudou para o Rio de Janeiro. Apesar de ter passado no vestibular para estudar sociologia na Universidade Federal Fluminense, só mais tarde, aos 50 anos, foi que ingressou no ensino superior, cursando história. Em Petrópolis cantou em algumas ocasiões, por influência de um namorado que era músico, mas só em meados da década de 1970 foi que começou a cantar, de fato. Trabalhou na Editora Abril durante a ditadura e compartilha que os funcionários sempre tinham de fugir da polícia e eram presos por falar de questões marxistas e de esquerda. Sua irmã também foi presa política e exilada. Nessa parte, a artista conta também sobre a parceria com o grupo Galo Preto, sobre a gravação de seu primeiro disco, o Impacto, gravado pela Studio Hara, em 1974, e sobre a época em que cantava em saraus e teatro. Em relação ao período da ditadura, Cláudia Savaget comenta que ficou um pouco afastada dos embates, por ter a irmã presa e exilada e por temer que ela mesma pudesse sofrer consequências diretas do regime ditatorial.
PARTE 2/3
Na segunda parte da entrevista a artista fala sobre o processo de criação e gravação do disco Samambaias(1978). Enfatiza a amizade e convivência com Cartola, que dizia que ela era a melhor intérprete de suas composições. Fala, ainda sobre o repertório do conjunto Galo Preto, a divulgação de seus discos, dos shows do Projeto Pixinguinha, a relação e gravação com Grande Otelo no Projeto Vitrine, em 1978, e sua preocupação com a interpretação das músicas que selecionava para gravar. Por fim fala sobre seu casamento com Luiz Otávio Braga, com quem é casada há mais de 50 anos.
PARTE 3/3
Na terceira e última parte, Cláudia Savaget fala sobre os discos Mordida ou Beijo (1979), Cláudia Savaget (1985) e Caminhando (2004), comentando também sobre a ausência dos palcos e enfatizando que nunca foi uma cantora que gostou de se apresentar em bares e casas noturnas. Fala, por fim, sobre a pausa na carreira, sobre seu trabalho no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, na transcrição de fitas de depoimentos. A artista comenta sobre as desilusões e dificuldades de uma carreira no meio musical. Por fim ela fala sobre a música nos dias de hoje e como gostaria de ser lembrada na história da música brasileira.