O show da memória: Um estudo de narrativas (auto)biográficas sobre o “Rei” Roberto Carlos (1991-2015)
Autor(a)
Edmilson Alves Maia Junior
Orientador(a)
Prof. Dr. João Pinto Furtado
Instituição
Universidade Federal de Minas Gerais
Tipo de pesquisa
Doutorado
Data de defesa
19 de junho de 2015
Como você resumiria sua pesquisa em uma frase?
Estudei a constituição de memórias por diversos atores sociais (mídias impressa e televisiva, fãs, o próprio artista, sua produção etc) sobre a vida e obra de Roberto Carlos.
Qual a questão central da sua pesquisa?
Como foram elaboradas dadas narrativas (auto) biográficas, sobre o artista, em seus padrões e seus elementos, e quais suas imbricações com a tessitura das temporalidades históricas tendo em vista o debate de memórias da ditadura, das imagens de passado e de futuro do Brasil?
Que fontes e métodos você utilizou?
Discos, programas de TV, revistas, jornais, livros biográficos, história oral.
Quais foram suas principais conclusões?
Diversas narrativas biográficas e autobiográficas sobre o “Rei Roberto Carlos” contaram sua vida em dados recortes e intencionalidades, mobilizaram significados do mito na vida social e na organização do tempo histórico em dadas direções. Destaque para o que chamo de “show da memória” a partir de 1991 quando se passou paulatinamente a comemorar a trajetória do “Rei” como principal estratégia de sua carreira em meio ao regime de historicidade presentista e a “febre mnemônica” na Indústria Cultural. Mídias, a produção do artista e seus fãs criaram ou participaram de eventos, coleções, projetos especiais. Inúmeras comemorações que celebraram narrativamente a vida do menino de infância difícil em Cachoeiro de Itapemirim, que superou intensos obstáculos até obter o reconhecimento através de inesquecíveis conquistas, enfrentando duros “golpes do destino” sem nunca perder a fé e a humildade, mantendo-se fiel a sua “verdade”, a sua “autenticidade”.
Onde podemos ler seu trabalho?
http://historia.fafich.ufmg.br/tese_defesas_detalhes.php?aluno=419
Cite cinco das suas principais referências bibliográficas.
- HARTOG, François. Regimes de Historicidade. Presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autentica, 2013.
- HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela Memória. Arquitetura, Monumentos, Mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.
- LEJEUNE, Philippe. O Pacto Autobiográfico. De Rousseau a Internet. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
- RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
- TRILLING, Lionel. Sinceridade & Autenticidade. A Vida em Sociedade e a Afirmação do Eu. São Paulo: E-realizações, 2014.