ZÉ LUIZ MAZZIOTTI
José Luiz Mazziotti (Rio Claro, 10 de novembro de 1948)
Frequentemente descrito como “um dos segredos mais bem guardados da MPB”, Zé Luiz Mazziotti parece reter ele próprio, como artista, poucos segredos. Ao público que o acompanha, confirma-se continuamente como excelente cantor, compositor raro, instrumentista zeloso enamorado por seu violão. Também produtor e professor, Mazziotti nunca economiza em revelações: em Amor ao ofício, parceria sua com Sérgio Natureza, sustenta que “eu choro até mais que rio / mas canto e consigo por isso ficar vivo / e viver do que faço / da magia, do encanto / do prazer de cantar tanto quanto for preciso”.
O segredo que permanece encoberto não é portanto da alçada dele — nem da alçada de sua audiência que, atenta e carinhosa, acompanha seus passos desde meados dos anos 1960, quando ele despontou como integrante do quarteto vocal Canto 4. Diante de seu talento incontestável e de sua forte capacidade de comunicação, o segredo, portanto, sequer importa. Nesta entrevista a A música de, Mazziotti desvela-se mais uma vez, agora recuperando sua certeira e prestigiada trajetória.
Escute Zé Luiz Mazziotti
As três sugestões imperdíveis de “A música de”
- Bastante: composição do próprio Zé Luiz, em parceria com Sérgio Natureza, é uma das obras mais significativas de seu repertório. Ouça no YouTube.
- Embarcação: a gravação mais impressionante da canção de Francis Hime e Chico Buarque, num disco inteiramente dedicado a Chico. Ouça no Spotify.
- Estrela, Estrela: canção de Vitor Ramil em dueto com Gal Costa, incluída no disco de Gal, Fantasia, de 1981. Ouça no Spotify.
O ARTISTA EM UMA IMAGEM
Fotografia é história
"A MÚSICA DE" ENTREVISTA ZÉ LUIZ MAZZIOTTI
PARTE 1/3
Zé Luiz Mazziotti fala sobre sua origem familiar e sua infância na cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo; o início de sua carreira musical no quarteto vocal Canto 4, com o qual se apresentou em festivais; os estudos de violão com a instrumentista e compositora Vera Brasil e as primeiras apresentações com a violonista Elodi Barontini; as influências musicais de cantoras como Elis Regina e Barbra Streisand e dos cantores Luiz Cláudio e Tito Madi. O artista também narra suas experiências cantando em casas noturnas; suas primeiras gravações; o trabalho com jingles, publicidade e encomendas para televisão; e a participação no Projeto Pixinguinha.
PARTE 2/3
Na segunda parte de sua entrevista, Zé Luiz Mazziotti conta sobre o show e o LP sobre a obra de Sidney Miller feitos com Alaíde Costa e Zezé Gonzaga. Fala sobre sua viagem à Europa e suas experiências em gravação e em palco na Itália e na França, incluindo encontros com artistas como Teca Calazans, Maurício Carrilho e a dupla Les Étoiles, bem como sobre seu retorno ao Brasil. Fala sobre os festivais de MPB, sua participação e convívio com outros artistas. Também fala sobre a produção de seu primeiro disco, a partir de uma composição em parceria com Sérgio Natureza, e dos subsequentes, rememorando a elaboração e a repercussão desses trabalhos.
PARTE 3/3
Na terceira e última parte de sua entrevista, Zé Luiz Mazziotti fala sobre o terceiro disco de sua carreira, produzido por Nana Caymmi. Conta sobre o lançamento de seu disco “A Roma”, gravado em Roma em 1992 e lançado no Brasil apenas 27 anos depois, e sobre os discos temáticos que lançou: com a cantora Célia, com o repertório de Paulinho da Vila; e o disco solo, com canções de Chico Buarque. Fala sobre seu trabalho como professor na Escola de Música do Estado de São Paulo (Emesp) e como compositor, e sobre os próximos projetos fonográficos. Reflete sobre a música brasileira atual e sobre seu papel na história da música feita no Brasil.